Shuya_Goenji
Digimon chega aos EUA e ao Brasil
Como Pokémon estava deixando os concorrentes do Warner Channel americano de cabelo em pé, a Fox foi esperta e tratou de adquirir Digimon mesmo antes da série estrear no Japão (@_@) pra tentar baixar a poeira do concorrente e dar uma guinada no seu – até então – bloco infantil (o Fox Kids). Por diversas semanas, Digimon superou Pokémon na audiência das manhãs de sábado, tudo graças a uma selvagem campanha de marketing envolvendo o anime.

E no Brasil a situação não estava diferente. Pikachu e cia estavam no topo da audiência da programação matinal infantil causando muita dor de cabeça à Globo. Foi então que vários veículos da imprensa (incluindo até a Veja O_o) começaram a noticiar a possível chegada ao Brasil dos concorrentes diretos dos monstrinhos de bolso.
Iniciou-se uma verdadeira batalha entre Globo e Record pelos direitos da série, cada qual temendo que Digimon caísse nas mãos da concorrente. Mas o final todo mundo já sabe: a Globo acabou levando a melhor, em um dos maiores negócios envolvendo animes no Brasil – comenta-se que a emissora pagou cerca de 800 mil reais pelos direitos da série. Um absurdo pra época. Cada episódio custou praticamente o dobro do que se paga usualmente nesse tipo de transação.
Como não poderia ser uma jogada às escuras, iniciou-se a maior campanha de lançamento de um desenho animado já visto no Brasil, com direito a chamadas e matéria no Fantástico, novela das oito, publicidade em jornais e revistas e em tudo o que se podia imaginar. Como nem tudo são flores, resolveram vincular a imagem da pseudo-apresentadora Angélica aos personagens fazendo com que ela, alem de chamadinhas, “cantasse” a “música” de abertura da série.
Estreando simultaneamente na Globo e Fox Kids, o anime deu conta do recado: conquistou a liderança da audiência matinal para o tosquíssimo Bambuluá (não posso me lembrar dos “Cavaleiros do Futuro” que já começo a rir…Muahahahah!!!). Mas, quem também faturou os tubos com a série foi a Imagine Action, que licenciou TUDO que você possa imaginar com a marca. Fitas VHS com episódios também foram lançadas mas apenas com os primeiros – pra variar. Até mesmo a Editora Abril se aventurou a lançar uma “quadrinização” do anime, nos mesmos moldes que a Conrad fazia com Pokémon. Ah, é claro, não podemos nos esquecer do mangá publicado pela mesma, que na realidade era desenhado em Hong Kong.
A dublagem brasileira ficou à cargo da Herbert Richers que deu um show a parte na escolha do elenco (que até apareceu no video-xô !!!) com alguns deslizes é claro (ou você é fã da voz da Kari?). A dublagem carioca, só por não apresentar a mesmice de vozes do elenco paulista, se mostrou superior e cativou bastante o público. O “filme” da série não foi exibido nos cinemas, sendo lançado direto em vídeo (e posteriormente em DVD). Depois de uma exagerada fase de reprises na Fox Kids, a série foi posta no freezer por um bom tempinho. Tempo suficiente pra sentir saudades…
Por fim, em 2010 a 1ª temporada finalmente chegou ao mercado de DVD via Focus Filmes. A série conseguiu atingir um status de “clássico” e muitos fãs saudosistas virbraram com o lançamento da empresa.
1 comentários:
Unknown disse...

Ah com certeza você cria seus textos, tem ótima caligrafia, não faz um ctrl c + ctrl v de outros blogs.

Parabéns pelo seu blog.

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