Kakashi
1ª Temporada no Brasil – a febre
O primeiro contato dos brasileiros com Pokémon se deu por William Bonner no Jornal Nacional, narrando incidente causado no Japão pelo episódio do Porygon (e mostrando cenas do desenho pra todo Brasil… Bela campanha publicitária né XD?). Os seletos fãs de anime que sabiam da existência dos monstrinhos graças às revistinhas da época, já podiam dar como certo a não vinda do desenho por essas terras. E quase que não veio mesmo!

Depois de lucrar com a distribuição de filmes para o CineBand Privé (XD), a distribuidora Swen tentou empurrar Pokémon para o SBT e a Globo, que disseram um sonoro não. Foi aí que a Record, que penava com seu Eliana & Alegria (o gênio do Tiririca batia ponto lá toda semana… Era uma beleza T_T), passou a investir em desenhos. Depois do bacana Beast Wars foi a vez dos monstrinhos de bolso na manhã do dia 10 de maio de 1999.

Foi aí que a “poderosa” sentiu a burrada. Só que Pokémon demorou um bocado para alavancar no Brasil. Um fenômeno estranho gerou o sucesso do anime no país: toda a mídia dava uma de “guru” e preconizava o sucesso do anime em solo brasileiro por conta do fenômeno que estava se tornando nos EUA e já era no Japão. O “disse-me-disse” acabou ajudando Pokémon a deslanchar e em cerca de 6 meses, o desenho já beirava a liderança, fazendo a audiência de 3 pontos da Eliana virar 7. Não havia assunto diferente entre a molecada contaminada. O anime virou uma febre que não se via parecida desde Os Cavaleiros do Zodíaco, em 1995. Um novo “boom” dos animes estava começando e ao lado de Dragon Ball Z, Pikachu ajudou a edificar todo esse mercado que existe hoje no país. Edificar, porque quem “começou” pra valer foi a turma do Seiya…
No fim do mesmo ano o Bispo Channel deu mais um horário para o anime que também chegava à tv paga pelo Cartoon Network. Uma avalanche de produtos começou a lotar as lojas graças a empresa Exim (que tratou de Fullmetal Alchemist e Supercampeões na Rede TV!) e tudo o que você podia imaginar com a marca Pokémon foi lançado.

A Conrad, que já vinha publicando a Nintendo World, criou então a revista oficial dos monstrinhos. A Pokémon Club era bem bobinha, porém, o 1º número vendeu absurdos 200 mil exemplares. Na mesma época, os jogos para o Game Boy vieram para cá. Produtos de higiene pessoal, sopa instantânea, biscoitos, figurinhas em salgadinhos, livro ilustrado da Panini, cartões telefônicos e VHS (boa parte da 1ª temporada foi lançada em fita) são apenas alguns exemplos de produtos Pokémon. O anime foi também o primeiro lançado em DVD no Brasil, na época que tinha que se vender a tv, o som e o vídeo pra comprar um @_@. Com nada mais nada menos que 9 episódios (!) o disquim hoje é uma baita raridade (só perde pro primeiro lançamento de National Kid em DVD!).

Depois do fracasso dos bizonhos CDs de Guerreiras Mágicas de Rayearth e Supercampeões (o da Manchete), o mercado fonográfico dos animes foi retomado com os monstrinhos de bolso, na última empreitada do gênero até o momento no Brasil. “Pokémon: Para ser um Mestre”, foi a versão brasileira do CD americano com suas músicas pegajosas. Com Nil Bernardes (músico veterano, intérprete de muitos temas de desenhos e que hoje está na banda do Faustão XD) em grande parte dos vocais das canções, o disco lançado pela Abril Music vendeu bem e teve singles de 3 músicas distribuídos em revistas-pôsteres da Conrad.

A dublagem foi feita a mando da Swen antes mesmo de ser oferecida a Record nos estúdios da Master Sound. A versão brasileira foi muito feliz na escolha das vozes e se arriscou a aportuguesar muitos termos, alguns ignorados nas dublagens das demais temporadas em outros estúdios. Assim nasceram Magicarpa, Bulbassauro, PokéAgenda e o esquisito Professor Carvalho. Traduzir sobrenomes é algo realmente bizarro, mas o pior é que caiu bem e ninguém ligou do fato da palavrinha “Oak” (nome gringo) virar Carvalho. Problema só para os dubladores… Essas traduções resultaram em algumas gafes como Pidgey virar “Pombo”. Foi por essa versão nacional de Pokémon que Fábio Lucindo se consolidou no mundo da dublagem, se tornando um dos “dubladores eficientes” mais requisitados atualmente – para o desprazer de muitos que não aguentam mais ouvir o rapaz, independente de seu bom trabalho.

Antes da revista oficial, a Conrad lançou uma minissérie em mangá entitulada “As Aventuras Elétricas de Pikachu”. Esse foi o segundo mangá lançado pela editora (o primeiro foi Gen) e saiu em 4 edições, publicadas da mesma forma que a Viz nos EUA (ao estilo Ranma ½ da Animangá) que trazem um roteiro um pouquinho mais sério que na série da tv. Venderam tão bem que voltaram às bancas no início de 2000! Sabe-se lá o porquê, não lançaram a continuação e outras versões em mangá que tinham sido sondadas (e anunciadas!).

Tudo parecia um sonho cor-de-rosa para a marca Pokémon em terras tupiniquins. Mas esse é só o começo da conturbada história de Pikachu e seus companheiros “pelucíveis” no Brasil. Aguardem a continuação dessa história…

#Bom pessoal,voces devem ter conhecido o novo membro do blog,Shuya_Goenji,ele será o uploader do blog,e postara as noticias sobre Super Onze,e apartir da semana que vem da materia detonando,e estamos trabalhando em novidades para 2011.

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