O anime: Da tragédia ao estrelato
Estreando na TV japonesa no dia 1º de abril de 1997 pela TV Tokyo, o desenho seguiu basicamente o roteiro idealizado pelo jogo, porém algumas coisas do game que poderiam ser aproveitadas foram dispensadas. Apesar disso, os elementos principais estavam lá representados: o novo continente, as cidades, os líderes e os 150 monstrinhos que fizeram do jogo um sucesso. Devido a grande popularidade que Pikachu ganhou entre os jogadores, fizeram dele o Pokémon principal ao invés dos três iniciais que você pode escolher quando começa a jogar: Charmander, Bulbassaur e Squirtle. Feita pela Shogakukan Productions (experiente com títulos sem fim como Doraemon e Detective Conan :P), a produção dirigida por Masamitsu Hidaka (que só fez Pokémon até hoje!) usa bem dos recursos que fizeram a animação japonesa prosperar: cenas paradas e repetidas. Quando Ash vai escolher seu Pokémon repete-se sempre a mesma cena, caso você nunca tenha reparado!
Na versão americana, feita pela 4Kids, trataram de adaptar quase todos os nomes dos personagens e Pokémons. E vamos dizer, alguns até que eram necessários. Imagina o que uma criança ocidental ia se enrolar pra falar “o meu Fushigidane é muito mais forte que seu Ishitsubute!”. A já grudenta “Mezasse Pokémon”, foi trocada pelo mais grudento ainda “Pokémon Theme”, o eterno hino dos monstrinhos. Vai dizer que você nunca se pegou cantando? Tá, só eu sou retardado aqui u_u.
Ao invés de um encerramento tínhamos o “PokéRap” ao fim de cada episódio, onde eram “cantarolados” os 150 pokémons. Com cinco versões diferentes (30 pokémons por versão), o “pokérap” fazia um trabalho subliminar de pregar o nome dos bichos na mente da mulecada, de segunda à sexta. E a coisa fez efeito mesmo! Os pais não entendiam como o filhote de 4, 5 anos sabia pronunciar tanto nome esquisito @_@. Ideia de gênio essa, não é? Para completar, os “eyecatches” do desenho tinham um joguinho de adivinhação mongol chamado de “Quem é esse Pokémon?”. Aliás, os japas é que criaram isso, mas os gringos recriaram de forma bem melhor – acredite! Alguns cortezinhos simples, maquiagem de letreiros em japonês (alguns bem mal feitos), uma dublagem chinfrim (por parte dos inexpressivos dubladores americanos… Até ator global consegue dublar melhor!), e estava pronto o episódio pra toda a família do outro lado do mundo assistir ao desenho japonês mania do momento.
Pokémon estourou da mesma forma nos Estados Unidos, chegando a ser capa da revista Time (a “Veja” deles!) e tudo mais. Mas como esse anime conseguiu atingir uma popularidade quase instantânea na terra do Tio Sam e ao redor do planeta? É então que precisamos voltar ao fatídico dia 16 de dezembro de 1997. Um “acidente” faria Pokémon entrar para os anais da história da animação japonesa.
No episódio 38 da série, o fofitcho do Pikachu me lança um raio em forma de flash de forma tão rápida, que afetou mais de 10.000 crianças que assistiam ao anime (começaram a passar mal!), sendo que quase 1000 foram parar nos hospitais. De que forma os raios as afetaram? Bem… Sabe-se lá porque motivo, um monte de crianças do Japão possui uma hipersensibilidade a luzes intensas e constantes (tipo aqueles globos giratórios de discoteca) e passam mal caso sejam expostas à incidência de raios como os emitidos pelo Pikachu no polêmico episódio. O nome dessa doença é Epilepsia Fotossensitiva. Como o efeito especial usado no anime fez com que o flash de luz ficasse bem mais forte que o normal, e ainda por cima, acendendo e apagando em intervalos menores que 20 vezes por segundo (!), os portadores da tal epilepsia rara, tiveram uma panezinha no cérebro e começaram a ter convulsões! É mole ou quer mais?
Os telejornais de todo mundo (Brasil inclusive) no final do ano de 1997 noticiaram o caso do “desenho que mata” e a polêmica gerada no Japão por tal fato. O anime chegou a ser suspenso e ninguém jamais acreditou que o mesmo pudesse chegar a um dia passar no ocidente… Pois não é que pouquíssimo tempo depois o mundo estava hipnotizado pela poké-mania? Teoria da conspiração? Se sim ou não, não dá pra saber… Mas vamos ser sinceros? O mundo conheceu Pokémon graças ao “bendito” acidente. Depois não acreditam que há males que vem para o bem (para os bolsos, nesse caso).
Devido ao sucesso mundial, fizeram melhorias nos jogos de Game Boy e, baseando-se mais no roteiro do anime, criaram a versão Yellow do joguinho para o recém-lançado Game Boy Color. Mas essa coisa dos games não é nossa praia ^^’.
Outra coisa interessante: Todos os episódios anteriores ao 38 foram tratados digitalmente nas cenas brilhantes com um leve escurecimento para serem comercializados e não ter guri branquelo americano passando mal assistindo ao anime (resistiram ao Masked Rider, mas não queriam correr o risco com as luzes do Pikachu XD). E depois da polêmica (os pais japas queriam extinguir os animes do planeta! Já pensou se fazem isso e deixam só os tokus? My God! @_@), antes de cada anime aparece uma mensagem desse tipo: “Por favor, ilumine a sala e mantenha-se longe da televisão enquanto estiver assistindo”. Quem é da “era fansubber” com certeza já se deparou com essa mensagem.
Estreando na TV japonesa no dia 1º de abril de 1997 pela TV Tokyo, o desenho seguiu basicamente o roteiro idealizado pelo jogo, porém algumas coisas do game que poderiam ser aproveitadas foram dispensadas. Apesar disso, os elementos principais estavam lá representados: o novo continente, as cidades, os líderes e os 150 monstrinhos que fizeram do jogo um sucesso. Devido a grande popularidade que Pikachu ganhou entre os jogadores, fizeram dele o Pokémon principal ao invés dos três iniciais que você pode escolher quando começa a jogar: Charmander, Bulbassaur e Squirtle. Feita pela Shogakukan Productions (experiente com títulos sem fim como Doraemon e Detective Conan :P), a produção dirigida por Masamitsu Hidaka (que só fez Pokémon até hoje!) usa bem dos recursos que fizeram a animação japonesa prosperar: cenas paradas e repetidas. Quando Ash vai escolher seu Pokémon repete-se sempre a mesma cena, caso você nunca tenha reparado!
Na versão americana, feita pela 4Kids, trataram de adaptar quase todos os nomes dos personagens e Pokémons. E vamos dizer, alguns até que eram necessários. Imagina o que uma criança ocidental ia se enrolar pra falar “o meu Fushigidane é muito mais forte que seu Ishitsubute!”. A já grudenta “Mezasse Pokémon”, foi trocada pelo mais grudento ainda “Pokémon Theme”, o eterno hino dos monstrinhos. Vai dizer que você nunca se pegou cantando? Tá, só eu sou retardado aqui u_u.
Ao invés de um encerramento tínhamos o “PokéRap” ao fim de cada episódio, onde eram “cantarolados” os 150 pokémons. Com cinco versões diferentes (30 pokémons por versão), o “pokérap” fazia um trabalho subliminar de pregar o nome dos bichos na mente da mulecada, de segunda à sexta. E a coisa fez efeito mesmo! Os pais não entendiam como o filhote de 4, 5 anos sabia pronunciar tanto nome esquisito @_@. Ideia de gênio essa, não é? Para completar, os “eyecatches” do desenho tinham um joguinho de adivinhação mongol chamado de “Quem é esse Pokémon?”. Aliás, os japas é que criaram isso, mas os gringos recriaram de forma bem melhor – acredite! Alguns cortezinhos simples, maquiagem de letreiros em japonês (alguns bem mal feitos), uma dublagem chinfrim (por parte dos inexpressivos dubladores americanos… Até ator global consegue dublar melhor!), e estava pronto o episódio pra toda a família do outro lado do mundo assistir ao desenho japonês mania do momento.
Pokémon estourou da mesma forma nos Estados Unidos, chegando a ser capa da revista Time (a “Veja” deles!) e tudo mais. Mas como esse anime conseguiu atingir uma popularidade quase instantânea na terra do Tio Sam e ao redor do planeta? É então que precisamos voltar ao fatídico dia 16 de dezembro de 1997. Um “acidente” faria Pokémon entrar para os anais da história da animação japonesa.
No episódio 38 da série, o fofitcho do Pikachu me lança um raio em forma de flash de forma tão rápida, que afetou mais de 10.000 crianças que assistiam ao anime (começaram a passar mal!), sendo que quase 1000 foram parar nos hospitais. De que forma os raios as afetaram? Bem… Sabe-se lá porque motivo, um monte de crianças do Japão possui uma hipersensibilidade a luzes intensas e constantes (tipo aqueles globos giratórios de discoteca) e passam mal caso sejam expostas à incidência de raios como os emitidos pelo Pikachu no polêmico episódio. O nome dessa doença é Epilepsia Fotossensitiva. Como o efeito especial usado no anime fez com que o flash de luz ficasse bem mais forte que o normal, e ainda por cima, acendendo e apagando em intervalos menores que 20 vezes por segundo (!), os portadores da tal epilepsia rara, tiveram uma panezinha no cérebro e começaram a ter convulsões! É mole ou quer mais?
Os telejornais de todo mundo (Brasil inclusive) no final do ano de 1997 noticiaram o caso do “desenho que mata” e a polêmica gerada no Japão por tal fato. O anime chegou a ser suspenso e ninguém jamais acreditou que o mesmo pudesse chegar a um dia passar no ocidente… Pois não é que pouquíssimo tempo depois o mundo estava hipnotizado pela poké-mania? Teoria da conspiração? Se sim ou não, não dá pra saber… Mas vamos ser sinceros? O mundo conheceu Pokémon graças ao “bendito” acidente. Depois não acreditam que há males que vem para o bem (para os bolsos, nesse caso).
Devido ao sucesso mundial, fizeram melhorias nos jogos de Game Boy e, baseando-se mais no roteiro do anime, criaram a versão Yellow do joguinho para o recém-lançado Game Boy Color. Mas essa coisa dos games não é nossa praia ^^’.
Outra coisa interessante: Todos os episódios anteriores ao 38 foram tratados digitalmente nas cenas brilhantes com um leve escurecimento para serem comercializados e não ter guri branquelo americano passando mal assistindo ao anime (resistiram ao Masked Rider, mas não queriam correr o risco com as luzes do Pikachu XD). E depois da polêmica (os pais japas queriam extinguir os animes do planeta! Já pensou se fazem isso e deixam só os tokus? My God! @_@), antes de cada anime aparece uma mensagem desse tipo: “Por favor, ilumine a sala e mantenha-se longe da televisão enquanto estiver assistindo”. Quem é da “era fansubber” com certeza já se deparou com essa mensagem.